Startups de alto potencial em 2022 foram vistas segundo a ABStartups e que em cinco anos o Brasil deve saltar de 21 para 100 unicórnios
O Brasil, nos últimos anos, tem se dado bem em relação a empresas unicórnios (startups avaliadas em mais de R$ 1 bilhão, ou mesmo em US$ 1 bilhão). No Crunchbase, um dos rankings internacionais que mapeiam o número de unicórnios por país, o ecossistema brasileiro se mantém entre os dez primeiros negócios. E as expectativas para o futuro próximo são positivas.
Startups de alto potencial em 2022
Prova disso é que segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em cinco anos, o país deve saltar dos atuais 21 para 100 unicórnios. Vale lembrar que em setembro, o SoftBank anunciou o compromisso de investir US$ 3 bilhões em um segundo fundo destinado a empresas de tecnologia na América Latina. No ano de 2019, o banco já havia criado um primeiro fundo de US$ 5 bilhões. Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, relembra que o Brasil viveu a primeira onda do private equity e agora é beneficiado pelo aquecido mercado de venture capital.
“Estamos entre os dez do mundo em diversos indicadores, do PIB ao investimento em tecnologia. Nesse contexto, era natural que, em algum momento, isso também se refletisse na valorização de nossas startups”, afirma. “Outro fato importante é o movimento da inovação aberta que se fortaleceu por aqui. Hoje, temos mais de 5 mil empresas que se abrem para startups, e isso cria liquidez de mercado e possibilita a atração de mais investimentos.”
4 startups em destaque
A seguir confira quatro startups de alto potencial em 2022, que chamaram a atenção da Forbes e de seus parceiros na elaboração da lista das 10 Empresas Mais Inovadoras do Brasil. E que também aparecem no radar dos investidores por seu potencial de valorização e escalabilidade. Uma delas, a Unico, já classificada como unicórnio, após um aporte de R$ 625 milhões no início de agosto.
Criada em 2012, a startup de software de gestão aparece entre as principais apostas do ecossistema de inovação como candidata a se tornar o próximo unicórnio brasileiro.
Segundo seu cofundador e CEO da Conta Azul, Vinicius Roveda, a pandemia forçou micro e pequenos empreendedores a enfrentarem situações extremas, favorecendo o crescimento desse mercado.
“Quem estava preparado, com informações do negócio atualizadas, disponíveis pela internet, tomou decisões rápidas que foram cirúrgicas para manter sua empresa viva. Essa situação extrema acelerou a adoção de ferramentas em nuvem como ERPs. Percebemos um aumento significativo da procura da nossa solução, principalmente em 2021.”
Ele citou a evolução do sistema financeiro e iniciativas como o Open Banking, o cenário é ainda mais promissor.
Digibee
Inserida no Cubo Itaú, a startup focada em tecnologia para integração de sistemas foi fundada em 2017 por Rodrigo Bernardinelli, Vitor Sousa e Peter Kreslins.
Hoje, ela vive um crescimento de seis vezes em número de clientes. Em junho de 2020, captou US$ 5 milhões em uma rodada que contou com o GAA Investments e Laércio Albuquerque, executivo da Cisco. Atualmente, possui 110 funcionários e clientes como Bradesco, Carrefour e Porto Seguro. Em agosto, recebeu um novo aporte, de R$ 13,5 milhões, do Brasil Venture Debt, fundo especializado em crédito para startups.
Olist
O e-commerce vem registrando crescimento recorde nos últimos meses. E isso tem relação direta com o crescimento do Olist, startup que oferece soluções para o comércio eletrônico. Em abril, a empresa recebeu um investimento de US$ 23 milhões em uma rodada conduzida pelo Goldman Sachs Asset Management. Em outros momentos, a Redpoint eventures, SoftBank Latin America Fund, Valor Capital, Velt Partners, FJ Labs e Península também aportaram na startup.
A empresa foi criada em 2015, e hoje possui 1.200 colaboradores. E oferece aos comerciantes ferramentas para que operem em plataformas como B2W, Via e Mercado Livre.
Unico
A idtech Unico recebeu aporte de R$ 625 milhões liderado pelos fundos da General Atlantic e do SoftBank. Além disso, ela alcançou o status de unicórnio em agosto deste ano. Uma outra rodada havia sido feita 11 meses antes, no valor de R$ 580 milhões.
Criada em 2007, a empresa surgiu no mercado como Acesso Digital e cresceu oferecendo soluções de segurança digital para 800 clientes. Entre eles: Magazine Luiza, Pernambucanas, C6Bank, Banco Original e B2W.
O segmento cresceu de forma acelerada, principalmente pela demanda por serviços de identificação digital consequente da pandemia. Hoje, ela possui 700 colaboradores, e ainda inclui aquisições de outras startups, como Meerkat, Vianuvem e CredDefense.
Segundo Diego Martins, fundador e CEO:
“A identidade digital já é a base para a ascensão das fintechs, que explodiram nesse período, e da ban-carização de milhões de brasileiros que estavam excluídos. Mas, por outro lado, as fraudes ainda são um problema constante no Brasil e, nesse contexto, a Unico ascendeu.”
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