Obrigação de testes de coronavírus em funcionários tem sido um obstáculo para que a capital paulista consiga reabrir após a quarentena
A cidade de São Paulo está em fase de negociações de protocolos com 50 setores da economia a fim de reabrir o comércio. No entanto, já enfrenta barreiras de ordem financeira para conseguir dar força a empresários e trabalhadores e ainda sem colocar em risco a capacidade do sistema de saúde de atender pacientes infectados pela doença.
Obrigação de testes de coronavírus
Sobre a obrigatoriedade de testes de coronavírus em trabalhadores, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) se posicionou durante a negociação com a prefeitura. A entidade divulgou um comunicado na terça-feira (2), com detalhes de sugestões para a reabertura da cidade. Porém, destacou uma opinião contrária a uma das principais medidas solicitadas pela gestão Bruno Covas (PSDB): que o setor privado realize testes de covid-19 em seus funcionários. Em um trecho do texto é dito o seguinte:
“A federação enviou ofício (à Prefeitura) questionando o ônus da realização de testes laboratoriais para covid-19 ao setor privado, tal como proposto no decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo, uma vez que o empresariado já passa pela crise e tem tido dificuldade de manter os negócios.”
Vale lembrar que no mês de abril o Instituto Butantã passou a contar com equipamentos de ponta na intenção zerar a fila de testes da doença enviados a eles, vindos de outros hospitais.
Medidas adotadas pela Fecomércio
Ainda de acordo com o documento, entre as medidas que a Fecomércio seria capaz de atender para a reabertura da capital paulista, estão:
“Uso de equipamentos de proteção por funcionários e clientes; oferta de álcool em gel e cartilha com as diretrizes sanitárias; distanciamento social de 1,5 metro; orientação para que não haja contato físico; horário de atendimento diferenciado para grupo de risco; restrição de viagens de negócios; proibição de eventos em larga escala; separação de lixo com potencial de contaminação; restrições aos serviços de valet nos estacionamentos, dentre outras.”
Propostas – testes de coronavírus
Segundo a reportagem do Estadão, a Prefeitura não respondeu ao ser questionada sobre o posicionamento da entidade comercial. Além disso, o órgão deveria divulgar um balanço dos três primeiros dias de negociações com a iniciativa privada para estabelecer a retomada das atividades. Já os técnicos da área de Saúde e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho deveriam ter encaminhado respostas às propostas apresentadas até o momento, para a conclusão dos protocolos.
Fase 2
Hoje, a cidade de São Paulo está na etapa laranja (fase 2) do plano de reabertura do governo do Estado.
O setor de bares e restaurantes, que não pode reabrir na atual fase (apenas delivery em funcionamento), conta com dois pleitos em negociação. O primeiro deles é que os bares possam colocar mesas nas calçadas da frente dos estabelecimentos para garantir distância entre os clientes; e em segundo, que os comerciantes sejam isentos da taxa do Termo de Permissão de Uso (TPU), paga anualmente por quem usa as calçadas.
Fonte: Revista EXAME com informações do Estadão.
*Foto: Divulgação