Estimativas para rombo fiscal em 2021 foram divulgados pelo relatório Prisma Fiscal na última sexta
Na última sexta-feira (16), economistas consultados pelo Ministério da Economia pioraram ainda mais o cenário, em relação ao déficit primário do governo central neste ano. As projeções foram divulgadas no relatório Prisma Fiscal.
Rombo fiscal em 2021
No documento de abril, o rombo fiscal em 2021 teve uma estimativa de déficit que passou a R$ 251,2 bilhões, pela mediana das previsões, ante R$ 248,4 bilhões na sondagem de março.
Contudo, o prognóstico mais recente está acima da meta fixada pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de R$ 247,1 bilhões. Tal cumprimento já é colocado em dúvida por causa de pressões por maiores gastos em meio ao agravamento da pandemia da covid-19 no país.
Em contrapartida, a projeção dos economistas para o déficit primário de 2022 melhorou, passando a R$ 163,7 bilhões, ante R$ 167,9 bilhões em março. Ou seja, abaixo da meta fixada pelo governo na LDO.
Meta de déficit primário
No dia 15 de abril, a equipe econômica estabeleceu a meta de déficit primário, de R$ 170,4 bilhões para o governo central no ano que vem, segundo o projeto de LDO enviado ao Congresso.
Projeções pioram
Por outro lado, em termos de projeções para 2021, as estimativas dos economistas para a despesa do governo central pioraram. Com isso, o resultado vai a R$ 1,599 trilhão, ante R$ 1,587 trilhão em março. Já as perspectivas para a receita líquida melhoraram ligeiramente, para R$ 1,342 trilhão, ante R$ 1,341 trilhão no mês passado.
Conclusão
Por fim a expectativa dos profissionais consultados é de que a dívida bruta brasileira encerre 2021 em 89,58% do PIB, ante 89,4% em março. Já para o próximo ano, apesar de terem melhorado a projeção ligeiramente, os economistas enxergam novo aumento do endividamento, a 91% do PIB. Em março, essa projeção estava em 91,1% do PIB.
*Foto: Divulgação/ Marcelo Andrade/Gazeta do Povo