Crescimento mais tímido no setor de importações gera elevação do superávit comercial
Em comparação com o mês de abril de 2018, o Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 62 milhões em abril. Apesar da melhora da balança comercial, houve um agravante no cálculo de serviços.
Segundo o Banco Central, o mês de maio obteve recursos vindos de investimentos diretos e chegaram a US$ 6,957 bilhões. Já durante o período de janeiro a abril desse ano, o déficit em transações correntes foi de US$ 8,225 bilhões, abaixo do prejuízo de US$ 9,062 bilhões em relação à mesma época do ano passado.
Saldo negativo e PIB
Entre abril de 2018 e abril deste ano, houve um saldo negativo que atingiu US$ 13,672 bilhões, equivalente a 0,73% do PIB (Produto Interno Bruto).
Por enquanto, o BC prevê que o Brasil fechará 2019 com déficit em transações correntes no valor de US$ 30,8 bilhões. Porém, no final deste mês, a projeção deverá ser analisada novamente durante o Relatório Trimestral de Inflação.
Com um crescimento mais tímido no setor de importações, a tendência é gerar uma elevação do superávit comercial, fator que vem determinando o saldo das transações correntes.
Superávit e balança comercial
A projeção em torno do superávit no início do ano no valor de US$ 52 bilhões para a balança comercial já não condiz com a atual previsão, ou seja, um saldo positivo mais reduzido, de US$ 50,25 bilhões para 2019, segundo análise mais recente da empresa Focus.
Com US$ 5.539 bilhões e alta de 2,7%, a balança comercial no mês de abril ficou positiva em relação ao mesmo período do ano passado. Nesta época, as exportações apresentaram queda de 0,7% sobre um ano antes. Porém, as importações caíram 2%.
Já o déficit na conta de serviços, aumentou 11,9% no mesmo alicerce de comparação, marcando US$ 3,019 bilhões. No entanto, o Banco Central ressaltou que houve queda de 18% nos rendimentos de outros ofícios de negócios, no valor de US$ 1,1 bilhão.
Em relação aos gastos líquidos que os brasileiros registraram no exterior registrou leve recuo em abril, com US$ 1,021 bilhão, em comparação ao montante de US$ 1.040 bilhão no mesmo período de 2018.
Ainda em abril, o déficit em renda primária obteve uma contração de 4,9%, a US$ 2,854 bilhões. Neste mesmo cenário, as remessas de lucros e dividendos para fora do país sofreram queda de 6,8%, a US$ 1,457 bilhão.
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