A Fiat Chrysler e a PSA, controladora da Peugeot, podem se tornar a 4ª maior montadorade veículos do mundo. As duas planejam uma fusão de partes iguais. A parceria entre as montadoras visa poder ter condições de bancarem investimentos altíssimos em novas tecnologias a fim de enfrentarem a desaceleração da demanda.
A fusão entre as marcas foi anunciada no dia 31 de outubro. O acordo estabelece a criação de um grupo automotivo no valor de US$ 50 bilhões, com ações realizadas em Nova York, Paris e Milão. Carlos Tavares, atual presidente da PSA, será o presidente-executivo desse novo grupo. Já o presidente do conselho de administração será John Elkan, que atualmente preside a FCA.
Anúncio das montadoras
A divulgação à imprensa aconteceu menos de cinco meses após a FCA desistir das negociações para se fundir à Renault.
A fusão com a PSA fará com que a FCA tenha acesso a plataformas mais modernas de veículos da parceira. Isso ajudará o grupo a cumprir regras mais rígidas em relação à emissão de poluentes. Já a PSA, que é concentrada na Europa, poderá se beneficiar dos negócios bastante lucrativos da FCA em solo norte-americano e ainda em grandes outros mercados, incluindo o Brasil.
Philippe Houchois, analista da empresa Jefferies, afirmou que uma fusão de partes iguais neste caso quer dizer que a PSA terá que pagar um prêmio de 32% para ter direito a controlar a FCA.
Na ocasião do anúncio da fusão, os papéis da FCA avançavam mais de 11% em Milão, ao passo que as ações da PSA em Paris sofreram uma queda de até 14%. Houchois ainda disse que “os acionistas da PSA estão assumindo mais risco que os da FCA”. No entanto, ele também admite que a fusão entre as montadoras possa representar uma combinação atraente e mais lógica para a indústria.
Conclusão do acordo
Ambas as montadoras afirmaram que esperam concluir o contrato já nas próximas semanas. Com isso, será criado um grupo de vendas de 8,7 milhões de veículos por ano, ficando atrás apenas de Volkswagen, Toyota e Renault-Nissan.
Tanto a FCA como a PSA possuem fábricas de automóveis também no Brasil. O objetivo das duas é gerar uma economia de € 3,7 bilhões, sendo que deste montante, 80% serão atingidos nos primeiros quatro anos do acordo de parceria. Sobre o fechamento de fábricas, nenhuma das companhias tocou no assunto.
Veículos produzidos pelas duas montadoras
A fusão das montadoras produzirão as seguintes marcas de veículos: Fiat, Jeep, Chrysler, Dodge, Ram, Alfa Romeo, Peugeot, Maserati, DS, Opel e Vauxhall. O negócio incluirá carros populares, de luxo, utilitários esportivos e ainda veículos comerciais.
Fonte: Forbes – UOL
*Foto: Divulgação