LDO 2023 é aprovada na Câmara por 324 votos a 110

LDO 2023 agora vai ao Senado, com votação que ocorreu depois de uma polêmica que provocou seu adiamento em meio a discussões; além disso, o relator, senador Marcos do Val (Podemos-ES), retirou do texto a impositividade das emendas de relator-geral

Na última terça-feira (12), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, que serve de base para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), foi aprovada na Câmara dos Deputados, por 324 votos a 110.

Entretanto, a proposta precisa ainda do aval dos senadores, em sessão conjunta do Congresso. Vale destacar que a votação ocorreu depois de uma polêmica ter adiado do dia 11 para o dia 12 as discussões em torno da LDO.

Aprovação da LDO 2023

Além disso, o relator, senador Marcos do Val (Podemos-ES), retirou do texto a impositividade das emendas de relator-geral, que compõem o orçamento secreto. Mas tal atitude desagradou ao Centrão do Brasil.

Por outro lado, a oposição e senadores independentes sinalizaram que devem suprimir esse trecho da proposta que não encerrava de vez com a obrigatoriedade do orçamento secreto. Isso porque a determinação para que o governo reserve recursos na LOA para pagar essas emendas foi mantida no texto.

Acordo

Após reuniões entre lideranças do Congresso, todavia, houve um acordo para votar na terça-feira a LDO e os projetos de lei que abrem créditos extraordinários no Orçamento deste ano.

Projeções

Alguns parâmetros econômicos foram calculados pelo governo e que constam no projeto aprovado. São eles:

  • aumento do PIB estimado em 2023 – 2,5%;
  • IPCA estimado para 2023 – 3,3% salário mínimo em 2022 – R$ 1.294; resultado primário: governo central – deficit de R$ 65,9 bilhões;
  • estatais federais – deficit de R$ 3 bilhões;
  • estados, Distrito Federal e municípios – R$ 0,1 bilhão;
  • teto de gastos – limite de gastos da União para 2023 é de R$ 1,79 trilhão. Alta anual de R$ 108 bilhões.

Contingenciamento

Por fim, a diretriz do Orçamento proíbe o contingenciamento de 19 setores. Sendo assim, não poderão ser bloqueados os gastos com:

  • educação;
  • assistência a estudantes;
  • ciência, tecnologia e inovação;
  • inclusão digital;
  • esporte;
  • promoção e defesa dos direitos da criança, do adolescente, da mulher e do idoso; regularização e fiscalização de terras indígenas;
  • acolhimento humanitário de migrantes e controle de fronteiras;
  • segurança pública;
  • projetos das Forças Armadas;
  • Seguro Rural;
  • defesa agropecuária;
  • saúde animal;
  • rodovias, ferrovias e infraestrutura do transporte aquaviário e aeroviário; saneamento básico;
  • desenvolvimento regional;
  • monitoramento das mudanças climáticas;
  • gestão de riscos e desastres;
  • combate à pandemia de covid-19.

*Foto: Reprodução