Efeito de geadas e secas fez o IGP-10 subir 0,18% mês passado, impulsionando os preços de commodities importantes
Nesta terça-feira (17), a Fundação Getúlio Vargas divulgou o índice Geral de Preços-10 (IGP-10). Segundo o relatório, o índice acelerou a alta a 1,18% em agosto, após subir 0,18% em julho. O motivo foram os efeitos das geadas e secas, impulsionando os preços de commodities importantes em nossa economia.
Efeito de geadas e secas
Com efeito de geadas e secas, e com este resultado, o IGP-10 agora acumula alta de 32,84% em 12 meses. Além disso, a informação deste mês ficou levemente acima da expectativa em pesquisa da agência Reuters, de avanço de 1,10%.
Por outro lado, neste mês de agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 1,29%. No mês anterior, houve queda de 0,07%.
Em nota, o coordenador dos índices de preços, André Braz, afirmou:
“Os efeitos da seca e das geadas estão mais evidentes no resultado do índice ao produtor.”
Componentes do IPA
Já entre os componentes do IPA, houve destaque do grupo Matérias-Primas Brutas, que passou a subir 0,55% em agosto. E deixou para trás a queda de 1,78% vista no mês de julho.
Braz reforçou também que os itens de destaque foram as culturas mais afetadas pelo clima, como o café e o milho.
IPC-10
Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou a alta a 0,88% no período, de 0,70% em julho.
Neste mês, a inflação da Alimentação ganhou ritmo com o grupo subindo 1,13%, depois de registrar alta de 0,45% em julho.
Por fim, ainda neste mês, houve alta de 0,79% do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), após avanço de 1,37% no período anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
*Foto: Divulgação