E-commerce do Magalu registrou bom resultado no primeiro trimestre deste ano, o percentual mais alto da história até o momento
Nesta semana, o Magazine Luiza divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2021. Com isso, neste período, as vendas totais aumentaram em 63%, atingindo R$ 12,5 bilhões. Porém, 70% delas vieram do e-commerce, o percentual mais alto da história até o momento.
Sobre isso, Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, comenta:
“Quando abrimos o capital há dez anos, a participação do e-commerce era de 10%. O resultado atual é uma consequência por sermos multicanal, mas nunca trabalhamos com a loja online em detrimento da física.”
E-commerce do Magalu
O crescimento do e-commerce do Magalu também se deve ao fato de no primeiro trimestre de 2021, em média, 25% das lojas estavam, fechadas pela pandemia. Ou seja, diante deste cenário, as vendas no comércio cresceram. Além disso, no mesmo período de 2020, 67% das lojas estavam abertas.
Sendo assim, o cenário impulsionou um aumento de 114,4% no e-commerce total e de 3,7% nas lojas físicas, acima da média do mercado. Sendo que, das vendas online, dois terços acontecem no aplicativo.
Trajano complementa que a tendência do varejo é de crescimento no e-commerce. Mas sem esquecer a sustentabilidade na operação. Além disso, junto com a diluição dos gastos operacionais o Ebitda ajustado atingiu 427,2 milhões de reais, crescendo 56,0%.
Entregas rápidas
Com a finalidade de conquistas mais clientes, o Magalu tem investido em entregas rápidas. Atualmente, 45 das 1.300 lojas conseguem entregar um pedido em até 1 hora a partir da distribuição da própria varejista. Contudo, 51% das compras em geral já são entregues em um dia.
O objetivo é utilizar essa malha também para os vendedores do marketplace. Sendo assim, em alguns casos, os produtos deles podem ser retirados em lojas físicas.
No ano passado, o Magalu saiu de 26.000 para 56.000 vendedores do marketplace, boa parte por causa do projeto Parceiro Magalu que digitalizou os vendedores.
Frentes de atuação
A estratégia de crescimento contínuo do Magalu se dá com diferentes frentes de atuação. Uma delas diz respeito às compras de supermercado.
Segundo Trajano:
“Compramos a VipCommerce para digitalizar o pequeno e médio supermercado e ao longo dos próximos trimestres vamos catalogar e integrar centenas de varejistas na plataforma.”
No delivery a compra da plataforma AiQFome já traz resultados. Em março, foram dois milhões de pedidos em cidades do interior. O Magalu completa essa estratégia com a aquisição da ToNoLucro e a GrandChef.
Compra de mídias
Por outro lado, a varejista também apostou na compra de mídias, como o CanalTech, Steal the Look e Jovem Nerd, que tem se mostrado eficiente.
Nesses casos, a estratégia é gerar conteúdo até mesmo dentro do app Magalu, além de conseguir monetizar essas plataformas por meio de tecnologias do MagaluAds e da InLoco.
“No segundo trimestre lançaremos um piloto para que as campanhas sejam autogerenciadas.”
Em abril, a companhia também comprou a SmartHintm, startup que visa facilitar pesquisas dentro de serviços digitais e fazer recomendações de produtos.
Ferramentas próprias de pagamentos
Os negócios do Magalu se consolidam por meio das ferramentas próprias de pagamentos. Prova disso é que a companhia atingiu no primeiro trimestre 3 milhões de contas no MagaluPay, implementado em julho.
O lançamento do cartão de crédito sem anuidade e com cashback, foi solicitado por 100.000 pessoas nas três primeiras semanas, conclui Trajano:
“Metade das vendas nas lojas físicas costuma acontecer com o Cartão Luiza, mas no e-commerce é apenas 5%, vimos no lançamento deste cartão uma oportunidade de melhorar a experiência do cliente e agregar o que estamos construindo.”
*Foto: Divulgação