Fiscalização de aglomerações contará com a ajuda de mil agentes contratados pelo Estado paulista, afirma Doria, que também anunciou cronograma de vacinação
Nesta quinta-feira (3), o governador de São Paulo, João Doria reafirmou que a vacinação no estado deve começar ainda em janeiro. Tal afirmação vai de encontro às declarações dadas ontem (2) pelo Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Entretanto, o ministro estima que o começo da vacinação no Brasil seja para março. Porém, ele não mencionou a Coronavac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.
Entretanto, o ministro se referiu à vacina de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca e que será aplicada via SUS.
Posicionamento do governador
Por outro lado, Doria discorda e diz que a vacinação pode ser iniciada em janeiro. Todavia, outros países começam ainda em dezembro. Ele ainda ressaltou que não se pode mais perder 60 mil vidas para começar a imunizar a população:
“Reafirmo que, de forma responsável, seguindo a lei, cumprindo o protocolo com a Anvisa, nós vamos iniciar a imunização dos brasileiros de SP no próximo mês de janeiro. Não vamos aguardar março e enterrar mais brasileiros.”
Fiscalização de aglomerações
Contudo, o secretário de saúde, Jean Gorinchteyn, anunciou que a Vigilância Sanitária do estado de São Paulo contratou mil novos agentes para reforçar a fiscalização. Sendo assim, será um reforço a mais na fiscalização de aglomerações. Todas as medidas de combate ao coronavírus devem ser seguidas. Isso inclui: uso obrigatório de máscaras e o distanciamento social. As novas contratações correspondem a um investimento de R$3,6 milhões.
Força-tarefa
Além disso, ação de “força-tarefa” já começa nesta sexta-feira (4). A iniciativa deve fiscalizar também os eventos clandestinos que causam aglomerações no estado paulista. A fiscalização de aglomerações será realizada principalmente em municípios com alta densidade demográfica, “que necessitam de uma fiscalização mais severa”, explicou o secretário. Até o momento, 100 das 645 cidades do estado fazem parte do programa.
De acordo com Gorinchteyn, desde o dia 15 de julho a vigilância sanitária já realizou mais de 110 mil inspeções. Com isso, mais de mil multas foram aplicadas por conta de descumprimento das regras do Plano São Paulo. O programa estabelece as restrições da quarentena em São Paulo, disse o secretário:
“Fiscalizaremos e, se necessário, autuaremos.”
*Foto: Divulgação/ Instituto Butantan