Disparada do petróleo faz índice culminar numa alta de 2,37%, além de um Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subir 2,80% no mesmo mês, com uma alta de 1,94%
O IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) passou a subir 2,37% em março, ante alta de 1,50% em fevereiro. O motivo é a disparada dos derivados de petróleo. E isso aumenta a pressão tanto no atacado quanto no varejo, influenciando na economia, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) ontem (6).
Disparada do petróleo em março
Além disso, a disparada do petróleo levou o índice a acumular nos 12 meses até março, alta de 15,57%. Já resultado do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 2,17%.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que representa 60% do indicador geral, subiu 2,80% em março, de alta de 1,94% no mês anterior.
Aceleração dos preços no atacado
Em nota, o coordenador de índice de preços, André Btaz, revelou o seguinte sobre a aceleração dos preços no atacado:
“Forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram diesel (2,70% para 16,86%), gasolina (1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%), que juntos responderam por 30% do resultado do IPA.”
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) — que responde por 30% do IGP-DI — também mostrou maior pressão. Isso porque o avanço acelerou a 1,35% no período, de 0,28% em fevereiro.
Líder no varejo
Todavia, ainda em março, o grupo Transportes liderou a alta no varejo com salto de 2,51%, forte aceleração em relação à variação positiva de 0,07% registrada no mês anterior. Sendo assim, a gasolina foi destaque, com ganho de 5,08%, abandonando queda de 1,35% vista em fevereiro.
Relatório da FGV sobre disparada do petróleo
Por sua vez, a FGV já havia alertado na leitura de fevereiro do IGP-DI que os preços de vários derivados do petróleo poderiam apresentar aumentos expressivos ao longo de março, e após temores de restrição de oferta decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionaram os preços da commodity no mundo inteiro. Com isso, a Petrobras ajustou os valores dos combustíveis em suas refinarias no mês passado.
Por fim, o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) subiu 0,86% em março, de 0,38% em fevereiro.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
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