Vacinação da Covid-19 pelo SUS será inicialmente destinada a 7% da população brasileira, por meio de 15 de milhões de doses disponíveis
O Programa Nacional de Imunizações focado na aplicação da vacina contra a Covid-19 está previsto para começar em janeiro de 2021. Segundo o Ministério da Saúde, neste primeiro momento, serão 15 milhões de doses disponíveis, que podem ser aplicadas em 7% da população brasileira, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Vacinação da Covid-19 pelo SUS
Na última quinta-feira (15), foi apresentado pela pasta o cronograma de vacinação da Covid-19 pelo SUS. A previsão é que os resultados da fase de testes da vacina do laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, sejam finalizados em novembro. Em seguida, ocorre o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sendo assim, a imunização poderia começar em janeiro de 2021.
De acordo com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, em coletiva de imprensa na quinta-feira:
“Estamos trabalhando para adiantar o cronograma para dezembro. Sem acordo, vamos receber 15 milhões de doses por mês, totalizando 100 milhões. Este primeiro lote vai ser componente o farmacêutico ativo já pronto e a Fiocruz trabalha com ele. Com a transferência de tecnologia, a previsão é de que este ingrediente seja produzido aqui a partir de abril. No segundo semestre, teríamos a capacidade de produzir mais 110 milhões de doses.”
Doses e distribuição
Ainda segundo Franco, não existe uma definição de quem vai receber a dose primeiro. O mesmo vale quanto à distribuição por estados. Todavia, os grupos prioritários ainda serão estabelecidos por uma câmara técnica por vários especialistas em saúde.
Até o momento, o que se sabe é que será criado um aplicativo pelas Unidades Básicas de Saúde, como já acontece com outras campanhas de imunização.
Acordo internacional
Contudo, conforme o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde, não entra o acordo internacional. Mas o governo do Brasil continua a fazer parte dele, para ter acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além de outras em análise.
Segundo esta aliança, o governo federal reservou 40 milhões de doses capazes de imunizar 20 milhões de pessoas. Isso equivale a 10% da população brasileira. Por outro lado, as duas doses necessárias para garantir a imunidade a uma pessoa vão custa US$ 21, ou em torno de R$ 117. Este cálculo é previsão do governo e tudo será financiado pelo SUS.
Vacina do Butantan
Além da vacinação da Covid-19 pelo SUS, o Ministério da Saúde também esclareceu que vai adquirir a primeira do Instituto Butantan que ficar pronta. Sendo assim, o processo inclui o imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan, em São Paulo. Sobre isso, Elcio Franco reforça:
“Com certeza a vacina do Butantan está neste hall. O que nós buscamos é segurança, eficácia e produção no mais curto prazo, além de uma quantidade que atenda conforme necessidade do Ministério da Saúde. Também precisa ter um valor que seja compatível com o mercado.”
Por fim, ainda não há um planejamento do governo paulista quanto à aplicação das primeiras 46 milhões de doses da vacina chinesa. No entanto, a previsão de início de imunização deve ser dia 15 de dezembro, apenas para os profissionais de saúde. Em seguida, serão imunizados educadores e pessoas com doenças crônicas.
Todavia, na próxima segunda-feira (19), devem ser divulgados os resultados da fase de testes, afirma o governador João Doria (PSDB).
*Foto: Divulgação