Árabes assumem refinaria da Petrobras após conclusão da venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) e seus ativos logísticos associados, na Bahia. O pagamento foi de US$ 1,8 bilhão à estatal, conforme nota da própria petroleira.
Árabes assumem refinaria da Petrobras
Os árabes assumem refinaria da Petrobras com capacidade para processar 333 mil barris de petróleo por dia. Além disso, a Rlam foi a primeira das oito refinarias que a Petrobras planeja vender a ter seu desinvestimento concluído, como parte de um amplo plano de abertura do setor de refino ao investimento privado no país.
Refinaria de Mataripe
Na última quarta-feira (1º), a empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, Acelen, assumiu a gestão da Rlam, que passou a atender pelo nome de Refinaria de Mataripe.
A refinaria está situada na cidade baiana de São Francisco do Conde, e representa 14% da capacidade total de processamento de petróleo do Brasil. Somente seus ativos já incluem quatro terminais de armazenamento, além de um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais, totalizando assim 669 km de extensão.
Em nota, a empresa disse:
“A Petrobras continuará apoiando a Acelen nas operações da refinaria durante um período de transição. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional.”
Investimento
Já o valor pago reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em razão de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação de negócios.
O contrato prevê ainda um ajuste fibal do valor de compra, que se espera que seja apurado nos próximos meses, revelou a Petrobras.
O presidente destacou também que a venda é parte de um compromisso acordado com o órgão antitruste Cade para a abertura do mercado de refino.
Encontro em Nova York
Todavia, o executivo da Petrobras disse em encontro com investidores em Nova York que a companhia estava muito próxima de realizar a conclusão da venda da Elam. E que isso poderia concluir a venda das refinarias Reman e SIX também neste ano.
Em nota, a Acelen disse que seguirá a abastecer o mercado de derivados de petróleo regional e que assumiu “o compromisso de fomentar investimentos, gerar novas oportunidades de negócios e estimular o desenvolvimento da Bahia e do Brasil”.
Em comunicado, o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren revelou:
“Esta nova fase trará oportunidades de crescimento e mais investimentos para que a refinaria aumente a sua capacidade e diversifique a sua produção.”
Por fim, o executivo pontuou que o objetivo do grupo é “criar valor” e “gerar uma concorrência positiva para atender o mercado local e beneficiar a sociedade”.
*Foto: Divulgação