Secretário descartou a prorrogação do auxílio emergencial em 2021, durante seminário virtual promovido pelo TCU
O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, destacou nesta quinta-feira (22) o compromisso da equipe econômica com o cumprimento do teto de gastos. Todavia, ele descartou a prorrogação do auxílio emergencial em 2021. Ele explicou durante um seminário virtual promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU):
“Mais que uma âncora fiscal, o teto de gastos é super âncora fiscal, temos de seguir.”
Nada de auxílio emergencial em 2021
Contudo, Waldery repetiu que os gastos emergenciais do governo federal para enfrentar a pandemia do novo coronavírus neste ano atingirão R$ 607 bilhões. Desse montante, mais de R$ 320 bilhões referentes ao auxílio emergencial pago a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais:
“É importante destacar que esse gasto está contido em 2020, e não passará para 2021.”
Entretanto, no fim de setembro, a equipe econômica anunciou mais duas possíveis parcelas do seguro-desemprego emergencial. Para o ano que vem também já não se sabe se isso ocorrerá.
Dívida Bruta do Governo Geral em 2019
Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), o secretário disse que em 2019 a dívida começou com 76,4% do produto interno bruto (PIB). Porém, ela caiu para 75,8% no fim do mesmo ano, ressaltou:
“Pode ter sido uma redução pequena, mas foi uma sinalização gigantesca. Com as medidas necessárias em 2020, porém, nossa estimativa para este ano é um pouco menor que 94% .”
Contas públicas do Brasil frágeis antes da pandemia
Por fim, o secretário especial da Fazenda relembrou que a posição das contas públicas brasileiras já era frágil antes da pandemia. No entanto, ele argumentou que se a questão fiscal para equacionada, as políticas monetária, cambial e social passam a ser mais efetivas.