BNDES ajuda PMEs, segundo anúncio desta sexta-feira (28). Com isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, por meio do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), fundo de aval da instituição de fomento, recebeu ontem (27), seu segundo aporte no valor de R$ 5 bilhões. O montante veio do Tesouro Nacional, em mais um passo do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac).
BNDES ajuda PMEs
De acordo com a estatal, o Peac, que parte da expansão do FGI para conceder avais para empréstimos tomados pelo setor de empreendedorismo, atingiu o patamar de R$ 20 bilhões em créditos concedidos a 26,1 mil companhias. Tais firmas empregam em torno de 1,27 milhão de pessoas, explica a nota divulgada pelo banco de fomento.
Vale lembrar que a ajuda vem em boa hora, já que há alguns dias os PMEs online se prejudicaram pela greve dos Correios.
Peac
Criado em maio deste ano e em operação desde 30 de junho, o Peac prevê um aporte total de R$ 20 bilhões no FGI até o fim de 2020.
Além disso, pelas normas de alavancagem do fundo de aval, é possível garantir aproximadamente R$ 100 bilhões em empréstimos, se os aportes atingirem o valor máximo. De acordo com as regras do Peac, os aportes do Tesouro dão realizados em parcelas, de R$ 5 bilhões.
Na prática, a segunda parcela de R$ 5 bilhões chega quando R$ 4,3 bilhões, ou 86% do primeiro aporte de R$ 5 bilhões já foram utilizados para garantir empréstimos.
Benefício concedido a empresas elegíveis
O BNDES ajuda PMEs de pequenas e médias empresas elegíveis, que recorrem a empréstimos com instituições financeiras que tenham aderido ao Peac. Sendo assim, todos os bancos do sistema financeiro estão aptos a aderir. Hoje, 38 agentes financeiros já estão habilitados a oferecer os empréstimos.
Já o valor dos financiamentos pode ser de R$ 5 mil até R$ 10 milhões. Além disso, podem recorrer ao Preac: empresas, associações, fundações privadas e cooperativas que faturaram entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões em 2019.
Programa
Assim como mostrou o Broadcast (Estadão) ontem, o Peac foi criado como resposta às críticas de que as medidas de flexibilização do crédito para mitigar a crise causa pela pandemia não estariam chegando na ponta. Portanto, o programa entrou em ritmo acelerado de concessões depois de um ajuste em termos de custo, feito na tramitação do projeto que converteu em lei a Medida Provisória (MP) que criou o programa.
Taxa removida
Todavia, a taxa cobrada para o uso da garantia do FGI removida. Chamado de Encargo por Concessão de Garantia (ECG), essa tarifa variava de 3,5% a 5,0% sobre o valor de cada operação.
*Foto: Divulgação