Pandemia pode fazer Brasil revolucionar setor educacional

Para presidente do conselho Anima Educação, Daniel Castanho, pandemia dá ao país a oportunidade de desenvolver mais o setor educacional

Os efeitos que a pandemia do novo coronavírus provocou no Brasil em diversos setores pode dar ao país a oportunidade de se desenvolver mais em um deles: o setor educacional. Em suma, este período pode fazer com que a educação por aqui se torne revolucionária em termos de aproximação da qualidade de ensino que outros países já possuem.

A análise é do presidente do conselho da Anima Educação, Daniel Castanho, que integrou o 1º Fórum Digital de Empreendedorismo, Negócios e Transformação Digital, uma parceria da revista EXAME com a Money Report. Ele ainda explicou durante o painel de discussão das mudanças educacionais:

“Acredito, efetivamente, que em time que está ganhando não se mexe, não é? Tem vários países no mundo que a educação está muito boa, mas a educação como um todo está passando por uma transformação enorme. Temos agora uma oportunidade única na história do Brasil de passar por uma revolução nos próximos dez anos.”

Vale lembrar que no final de maio, o Sisu anunciou que ofereceria vagas em cursos EAD pela primeira vez, utilizando a nota do Enem.

Palestrantes em evento do setor educacional

Além de Castanho, também participaram do debate: Chaim Zaher, presidente do Grupo SEB, Andrea Mansano, vice-presidente da EF Latin America, Alberto Leite, CEO da FS, Leonardo Framil, CEO da Accenture para Brasil e América Latina, e William Ling, presidente do conselho de administração da Évora.

Mobilização de toda a sociedade

Todavia, na opinião dos participantes do debate, essa transformação no setor educacional tem de ocorrer de modo que toda a sociedade se mobilize. E não apenas o poder público e de empresas, ou seja, com participação ativa dos cidadãos. Sobre isso, Zaher ressaltou:

“Esse período do coronavírus será um trauma para crianças e professores. Vamos precisar de todos pensando no futuro da educação para não fazer com que os alunos percam conteúdos.”

Tecnologia

Além disso, em relação à utilização da tecnologia, o processo necessita de aprendizado e que seja pensado de um jeito que aplique as ferramentas disponíveis. Com isso, haverá um melhor desenvolvimento das qualidades dos alunos de modo individual.

Aulas presenciais no início da pandemia

Já Andrea Mansano ressaltou que no início da pandemia de Covid-19 as escolas pensaram que bastaria pegar um modelo de aula presencial e simplesmente aplicá-lo no modo online. Porém, ficou evidente que com o passar dos dias da quarentena esse método não foi eficaz, revela:

“Ter uma escola online é muito mais do que ter uma interação tecnológica. É entender que modelo capta os alunos. Temos a preocupação com o indivíduo, em que com inteligência artificial a gente sabe como motivar cada um. Identificar por que um aluno está mais avançado ou mais atrasado, por exemplo.”

*Foto: Divulgação