A semana abriu com mais uma queda do dólar registrada na segunda-feira (9). Com isso, esta foi a sexta queda seguida, alcançando o menor índice em um mês. Sem contar o fato do mercado colocar nos preços a possibilidade de ingresso de recursos e ainda ficar de olho nas decisões de política monetária até p fim desta semana por aqui e no exterior.
Dólar – fechamento
Na segunda-feira, em relação ao fechamento do mercado interbancário, o dólar sofreu queda de 0,40%, a R$ 4,1290 na venda. Este é o menor patamar desde o dia 7 de novembro, com R$ 4,0935 na venda.
Com a sexta queda consecutiva do dia 9, fica registrada também a mais longa sequência do tipo desde as seis baixas seguidas entre 30 de agosto e 6 de setembro de 2017.
Já na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado cedeu 0,18%, a R$ 4,1380. Com esta última sessão em queda, o dólar se aproximou da média linear de 50 dias, em que caso for perdida, ela pode acionar mais ordens de venda e enraizar a baixa da cotação.
Dólar – linha de suporte
No começo de novembro, havia sido a última vez que o dólar ameaçou uma linha de suporte. Nesta época, ela chegou perto da média móvel linear de 100 dias, em cerca de R$ 3,99.
Nesta quarta-feira foram definidos pelos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos suas taxas de juros. A estimativa é que o BC local corte a Selic em mais de 0,50 ponto, para uma nova mínima de 4,50% ao ano, ao passo que nos EUA o mercado aguarda estabilidade da alíquota.
Taxa Selic
Mesmo que tenha uma nova redução do diferencial de juros entre ambos, o que pesou sobre a moeda brasileira ao longo de 2019, o mercado financeiro já projeta uma estabilidade da Selic no decorrer do ano que vem o que acarretaria em uma pressão a menos para o câmbio em 2020.
Sobre os fluxos, o grande foco consiste na oferta pública inicial de ações da XP investimentos, o que pode movimentar US$ 2,08 bilhões (caso todos os papéis forem negociados no preço máximo da faixa indicativa). O mercado pensa na possibilidade de parte desses recursos virem para o Brasil e, consequentemente, melhorar a oferta de moeda no país.
Em relação à piora no fluxo cambial, fez com que o dólar fosse empurrado para cima no mês passado, com alta de 5,77%. Todavia, em dezembro, a moeda corrige parcialmente, com queda de 2,63%.
Fundo Verde
Gerido por Luiz Stuhlberger, a empresa Fundo Verde zerou posição vendida em dólar no mês passado. Porém, avaliou em relatório mensal que a “a maioria dos medos (no câmbio) é infundada ou falsa”, entre outros fatores, por crer que a decepção com o leilão da cessão onerosa, no início de novembro, tenha sido um evento de “fluxo pontual” e ainda pelo fato de as informações de balança comercial terem sido corrigidos para melhor.
Ainda de acordo com afirmação do relatório:
“Vemos o Real levemente desvalorizado em relação à nossas métricas de valor justo”.
Fonte: Revista Exame
*Foto: Divulgação