A empreendedora espera faturar R$ 10 milhões ainda em 2019
A ex-gerente administrativa, Natalie Pavan, de 31 anos, largou o emprego para fazer cookies. A princípio, a moradora de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul começou a fazer os famosos biscoitos com gota de chocolate para ajudar um amigo com dificuldades financeiras. O que era um auxílio se tornou um negócio próprio e hoje a empresa My Cookies se tornou a primeira e única fonte de renda de Natalie.
Além disso, passou a cozinhá-los para agradar o marido que adorava comer pelo menos três unidades em uma loja de um shopping da cidade. Como eram muito caros, Natalie achou melhor aprender a fazê-los e economizar.
Primeiras receitas
Ao site Universa do UOL, a empreendedora relatou:
“A receita dos cookies veio de um desafio que meu marido me fez. Toda vez que almoçávamos no shopping, ele queria comer cookies, de três para cima, de uma loja que havia lá, mas eram bem caros. Eu disse, então, que faria em casa, e ele disse que nunca ficariam iguais. Foi quando resolvi fazer e todo mundo adorou. Também havia esse amigo que queria muito trabalhar e estava sem perspectiva alguma, sem família nem casa e com quase 50 anos”.
Sem capital para o início
Na época em que Natalie começou a ajudar o amigo, ela trabalhava como gerente administrativa em uma companhia de TV por assinatura via satélite. Ela produzia os cookies todos os dias assim que chegava em casa para ele vender nas portas das escolas da região.
A partir daí, Pavan enxergou uma forma de negócio que poderia dar certo se ela conseguisse vender os cookies assados na hora. Cada fornada sairia em 20 minutos. O nome do empreendimento foi sugestão da família, e por meio de um site de faz modelos pré-prontos, encomendou o logo da My Cookies.Em seguida, ela procurou um local que aceitasse receber o primeiro aluguel em 30 dias, pois não tinha capital para iniciar o negócio.
Conseguiu um ponto dentro de um supermercado e mandou fazer um balcão com um marceneiro, que foi parcelado no cheque. Também precisou comprar um freezer usado. Para dar uma nova vida a ele, o envelopou com adesivo preto. Além disso, utilizou um forninho que tinha capacidade apenas para assar oito cookies por vez.
Com estas atitudes improvisadas, logo no primeiro mês de funcionamento da My Cookies, Natalie conseguiu pagar o aluguel do espaço, quitar o balcão e ainda pagar um salário ao amigo.
Crescimento do negócio
Com as vendas e demanda das encomendas, o negócio foi obrigado a crescer muito rápido.
Apesar no início promissor e que deu certo de cara, Pavan teve que adaptar a My Cookies aos clientes de sua cidade. Pois, estes não tinham a cultura de comer os deliciosos biscoitos de chocolate, como as pessoas que moram no hemisfério Norte.
Era preciso diversificar os sabores e que sua freguesia enxergasse uma brasilidade em relação ao paladar. Então, além do cardápio tradicional que inclui biscoitos de brigadeiro, doce de leite, leite em pó e prestígio, ela também criou sanduíches de cookies com diversas opções de recheios.
Aproximação da clientela
Para se aproximar ainda mais dos clientes, a empresa também faz entregas em que colocam bilhetinhos escritos à mão. As mensagens lembram muito àquelas encontradas em biscoitos da sorte. Segundo Natalia, a clientela adora e ela trata cada pelo nome.
Esta junção de qualidade, paladar e marketing fez a My Cookies crescer ainda mais. De 2016 para cá, já são nove lojas próprias. E desde o ano passado também se tornou franqueadora e hoje já somam 20 franquias. Até o fim de 2019, a empreendedora pretende abrir mais 15 unidades, além de faturar R$ 10 milhões ou mais.
Natalie dá um recado às mulheres e diz que dirige o negócio sozinha, mas que possui uma equipe excepcional a seu lado. De acordo com ela, um time que realmente veste a camisa da empresa e ama o que faz. Ela sente orgulho ao afirmar que gera emprego a 80 famílias, e que desse total 80% são mulheres.
A ex-gerente administrativa também afirma que o amigo que ajudou a se reerguer ainda trabalha com ela. Além disso, Natalie firmou uma rotina de trabalho com seus colaboradores de que eles façam um turno de seis horas diárias. Ela acredita que dessa forma, a pessoa trabalha mais feliz e atenderá melhor os clientes. Consequentemente, estará mais motivada e ainda terá tempo para curtir a vida e a família.
Fonte: Universa – UOL
Foto: Divulgação