Executivos de finanças sinalizam menor otimismo referente aos próximos 12 meses, refletidos nas perspectivas de rentabilidade e lucratividade das empresas
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e pela Saint Paul Escola de Negócios mostra que o setor está menos otimistas com o futuro da economia do Brasil, referente ao quarto trimestre de 2022. É o que indica o Índice de Confiança do CFO (iCFO), que caiu de 138,9 para 131,7 pontos percentuais, comparado ao trimestre anterior. Esse resultado coloca o indicador de volta ao patamar do 1º trimestre de 2022.
Executivos de finanças
Neste caso, os executivos de finanças estão menos otimistas com relação aos próximos 12 meses. E isso reflete nas perspectivas de rentabilidade e lucratividade das empresas. É o que revela o presidente do Conselho do IBEF-SP e CEO da Saint Paul Escola de Negócio, José Cláudio Securato.
“Observa-se que a preocupação com a inflação, terceira mais citada no trimestre anterior, aparece na décima primeira posição neste 4º trimestre.”
Principais preocupações
Além disso, o levantamento revela que as principais preocupações indicadas pelos CFOs foram:
- a demanda do mercado interno;
- o custo dos insumos; o câmbio;
- a atração, retenção e motivação de talentos;
- e o acesso a recursos financeiros (funding).
Macroeconomia
Já o indicador que representa o índice de confiança em relação à macroeconomia (iCFOm) foi o item que apresentou maior volatilidade ao longo da série.
Todavia, o último trimestre de 2022 segue refletindo a instabilidade do cenário macroeconômico do país, chegando a 132,3, com uma variação negativa de 5,9 pontos percentuais, quando comparado ao trimestre passado.
Por outro lado, Securato explica que tal variação negativa foi mais significativa nos índices referentes ao setor e à empresa.
“Respectivamente, o iCFOs (setor) alcançou 133,9 pontos, apresentando uma queda de 8,8 pontos percentuais. Já o iCFOe (empresa) chegou a 128,8 pontos, com uma queda de 7 pontos percentuais, se comparado ao período anterior.”
Investimentos
Em relação à orientação dos investimentos previstos para os próximos 12 meses, destaca-se a ampliação da capacidade instalada, mencionada por 28,2% dos entrevistados. A previsão de investimento em Tecnologia da Informação (TI) foi o segundo fator mais citado, com 17,6%, item recorrente entre as três primeiras posições, desde o início da pesquisa, em 2016.
Aos CFOs que preveem investimentos em TI para os próximos 12 meses, foi perguntado o quanto desses investimentos será destinado a soluções de Inteligência Artificial e Big Data. Sobre isso, Securato afirmou que em torno de 48% dos respondentes preveem utilizar menos da metade dos valores previstos para esse fim. Já 36% não incluem esse tipo de investimento entre os valores previstos para TI.
Os demais respondentes, quase 17%, preveem utilizar metade, ou mais, dos valores destinados a TI para esse tipo de solução.
*Foto: Reprodução/Pixabay (Joel santana Joelfotos)