PSDB desiste de eleição, após pronunciamento de João Doria, assim como outros cinco pré-candidatos; entre os quais, Pacheco e Sergio Moro
Esta é a primeira vez, desde sua fundação em 1988, que o PSDB não lançará um candidato à presidência da República. Em 1989, no primeiro pleito depois do fim da ditadura no Brasil, o partido concorreu à presidência com Mário Covas, que ficou com 11,2% dos votos.
PSDB desiste de eleição
Por outro lado, em 1994, a legenda pavimentou sua ascensão ao poder com a eleição de Fernando Henrique Cardoso. Ele venceu e ocopou o cargo de chefe de nação por oito anos. Já Mário Covas se elegeu governador do estado de São Paulo, em 1995. Daí em diante, a sigla contabilizaria uma série de vitórias.
Segundo o cientista político André César, da Hold Assessoria:
“É a primeira vez que o partido não tem candidato próprio à presidência e, pior, deve embarcar em uma chapa, liderada pelo MDB, sem muitas chances de chegar ao segundo turno.”
Ele ressalta ainda que as perspectivas de vencer em São Paulo diminuem mesmo com a sigla governar na região há quase três décadas.
Pesquisa
De acordo com a última pesquisa EXAME/IDEIA, realizada em 19 de maio, Simone Tebet, pré-candidata do MDB às eleições (e até agora, principal nome da terceira via) teria 1% dos votos caso os brasileiros fossem às urnas hoje. Ainda é esperada para hoje o apoio oficial do PSDB para ela.
Contudo, no estado paulista, seu principal reduto eleitoral, a legenda também enfrenta dificuldades neste cenário. Prova disso é que Rodrigo Garcia, atual governador, possui algo em torno de 5% das intenções de voto. Sendo assim, a liderança segue com Fernando Haddad (PT), com 26% da preferência do eleitorado. Já o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-governador Márcio França (PSB) seguem em segundo lugar.
Pior desempenho em eleições presidenciais
Entretanto, o problema não é de hoje. Em 2018, o PSDB registrou o pior desmepenho em eleições presidenciais de sua história. Na ocasião, o ex-governador Geraldo Alckmin amargou um quarto lugar, com apenas 5% dos votos.
Além disso, após a apuração dos resultados, o tucano deixou o comando nacional da sigla, que passou às mãos de João Doria, reforça o cientista político:
“O partido precisaria ter se reinventado nos últimos anos, renovando as lideranças, como fizeram legendas como o PFL, que se transformou no DEM e permanece ativo na cena política.”
Atual lista de candidatos
Por fim, além de Doria, outros pré-candidatos desistiram de disputar as eleições. Abriram mão da disputa o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) e o senador Alessandro Vieira (PSDB). Já o ex-deputado Cabo Daciolo (Partido da Mulher Brasileira) decidiu apoiar Ciro Gomes (PDT). Com a desistência de Doria, a lista de pré-candidatos ao Palácio do Planalto fica assim:
- Jair Bolsonaro (PL)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
- Ciro Gomes (PDT)
- Simone Tebet (MDB)
- Felipe D’Ávila (Novo)
- Vera Lúcia (PSTU)
- Sofia Manzano (PCB)
- Eymael (DC)
- Pablo Marçal (PROS)
*Foto: Reprodução