Tombo no varejo no fim do ano foi recorde, em decorrência das medidas de contenção da pandemia de Covid-19
O ano de 2021 começou com um novo recuo no setor de varejo brasileiro. Este tombo no varejo é decorrente das medidas de contenção da pandemia de Covid-19. O mês de dezembro foi marcado por ações restritivas mais endurecidas em várias cidades do país em meio ao aumento do número de óbitos.
Tombo no varejo
O tombo no varejo que refletiu no início do ano, fez com que este setor da economia recuasse em 0,2% em janeiro, em comparação ao mês anterior. Vale lembrar que estes dados não são sazonalizados. E neste período a queda foi de 0,3% sobre um ano antes. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12).
Pesquisa da Reuters
De acordo com pesquisa da Reuters, a expectativa era de queda de 0,3% na comparação mensal e de retração de 0,25% sobre um ano antes.
Já o terceiro mês seguido de taxas negativas para o varejo na comparação mensal acontece depois da suspensão do pagamento do auxílio emergencial em dezembro. Na ocasião, o comércio sofreu uma retração recorde de 6,2%.
Em contrapartida, em janeiro, o Brasil ainda não enfrentava o endurecimento mais generalizado das iniciativas de distanciamento social. Elas passaram a ser mais rígidas em fevereiro, quando o aumento dos casos e mortes por Covid-19 ficaram mais evidentes em todo o território nacional. Consequentemente, o comércio passou a enfrentar de novo mais dificuldades.
Oito atividades pesquisadas
Ainda em fevereiro, seis das oito atividades pesquisadas revelaram queda de vendas sobre dezembro. O destaque ficou por conta para o grupo de: Livros, jornais, revistas e papelaria, com retração de 26,5%. Já o de Tecidos, vestuário e calçados, caiu 8,2%. Por último ficou o segmento Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com aumento de 8,3%.
Na comparação com o mesmo período de 2020, a retração se deu após sete meses seguidos de alta.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,1% em relação a dezembro de 2020, segundo mês seguido de variações no campo negativo.
*Foto: Divulgação