Novembro registra alta de 1.1% no PIB, ante outubro, aponta FGV

Entretanto a alta de 1.1% no PIB em novembro passado é menor, com redução de 0,6%, em comparação ao mesmo período de 2019

O Produto Interno Bruto () brasileiro avançou 1.1% em novembro ante outubro de 2020. As informações são do Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Sendo assim, na comparação com novembro de 2019, a economia teve redução de 0,6% em novembro de 2020.

Alta de 1.1% no PIB em novembro, ante outubro

De acordo com Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial:

“O crescimento da economia de 1.1% em novembro em relação a outubro reflete o crescimento registrado nas três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços). Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou queda no mês muito influenciado pelo fraco desempenho do consumo de serviços ainda impactado pelo isolamento social. Em contrapartida, a formação bruta de capital fixo ajudou a compensar essa queda crescendo 1,2%, mostrando recuperação dos investimentos. Embora ainda esteja em patamar muito abaixo do nível pré-pandemia, a economia dá sinais de retomada, ainda que lenta, no que parece ser a volta a seu antigo normal de crescimento fraco e instável.”

Monitor do PIB

Além disso, o Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia, empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto é responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Com isso, em relação à passagem de outubro para novembro, em termos de oferta, a agropecuária subiu 1,4%, a indústria avançou 0,7%, e os serviços cresceram 0,9%.

Consumos

Já sobre o consumo das famílias, este caiu 1,2%. Mas por outro lado, o consumo do governo cresceu 0,7%.

Em contrapartida, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) avançou 1,2%. Já as exportações recuaram 0,3%, enquanto as importações saltaram 17,2%.

2019

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a agropecuária avançou 2,4% em novembro de 2020, a indústria subiu 1,3%, e os serviços tiveram uma queda de 1,5%.

Mas neste caso, em termos de demanda, o consumo do governo caiu 4,5% em novembro de 2020 ante novembro de 2019.

Contudo, o consumo das famílias recuou 3,0%, sendo que o consumo de serviços caiu 5,9% no período. E o de bens semiduráveis recuou 0,8%. Porém, o consumo de bens não duráveis diminuiu 1,9%, enquanto o de bens duráveis subiu 8,9%.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 3,9% em novembro de 2020 ante novembro de 2019, com alta de 11,1% no componente máquinas e equipamentos e crescimento de 0,4% na construção. O componente chamado de outros ativos recuou 4,1%. As exportações recuaram 2,9%, e as importações subiram 3,9%.

Termos monetários

Por fim, em relação a termos monetários, a alta de 1.1% no PIB é um reflexo de aproximadamente R$ 6,766 trilhões, de janeiro a novembro, em valores correntes.

A taxa de investimento em novembro de 2020 foi de 16,8% na série a valores correntes.

*Foto: Divulgação